segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Pierre de Fermat (1601 - 1665)

Advogado e político francês, nascido em Beaumont-de-Lomagne, sudoeste da França, conhecido como o príncipe dos matemáticos amadores e o pai da moderna teoria dos números, fundador da teoria dos números moderna e foi pioneiro do cálculo das probabilidades. Filho de um rico mercador de peles, Dominique de Fermat, adquiriu formação básica no monastério franciscano de Grandselve, onde demonstrou grande interesse pelo estudo de línguas estrangeiras, literatura clássica, ciência e matemática. Passou pela Universidade de Toulouse e formou-se em direito pela Universidade de Orleans (1631). Voltando para Toulouse, durante toda sua vida naquela cidade, ele trabalhou como advogado e funcionário público. Serviu no parlamento de Toulouse, iniciando como advogado (1634) e depois como conselheiro da corte criminal (1638), dedicando-se nas horas vagas à literatura clássica, à ciência e à matemática, por puro prazer. Começou a apresentar descobertas fundamentais para o desenvolvimento da matemática (1629), reconstituindo obras antigas, como Lugares planos, de Apolônio e Aritmética, de Diofante. Enunciou o princípio fundamental da geometria analítica (1636) e, um ano antes da Geometria de René Descartes, porém, avesso a publicações, a maioria de seus manuscritos só se transformaram em obras após sua morte, publicados por seu filho Clément-Samuel Fermat. Por exemplo, Introdução aos lugares (1666), embora pareça estar escrita desde muito antes (1629) e Métodos para encontrar máximos e mínimos logo depois. Formulou uma das conjeturas mais famosas da matemática, que se tornou o famoso como o Teorema de Fermat: considerando a equação xn + yn = zn, afirmou que não existir valores inteiros para "x", " y" e "z" que a satisfaçam quando "n" for um número inteiro maior do que 2, uma anotação rabiscada em uma margem do seu exemplar de Aritmética, de Diofante. As suas possíveis provas perderam-se e a demonstração deste teorema tornou-se um dos desafios mais famosos da história da matemática, que permaneceu em aberto desafiada por grandes matemáticos por mais de três séculos, tais como Leonhard Euler, Adrien Legendre, Peter Gustav Lejeune-Dirichlet e Gabriel Lamé, e só considerado solucionada definitivamente com a prova apresentada pelo matemático inglês Andrew Wiles (1995). Juntamente com Blaise Pascal, estabeleceu as bases da teoria das probabilidades e da análise combinatória (1654), através da correspondência trocada ambos no problema dos pontos: determinação da divisão do dinheiro apostado quando um jogo de azar entre jogadores com chances iguais estiver suspenso. Ele deu uma solução baseada no cálculo de permutações. Esta correspondência é considerada por muitos como sendo o começo do desenvolvimento da teoria matemática das probabilidades. Outra importante contribuição sua deu-se no campo da óptica geométrica, interpretação puramente geométrica dos fenômenos luminosos. O estudo teórico desses fenômenos recebeu tratamento matemático, o que levou ao aperfeiçoamento na construção de muitos sistemas e instrumentos ópticos como o microscópio, as lunetas e projetores. Morreu em Castres, França, e muitas de suas descobertas foram publicadas por seu filho, com o título Opera mathematica (1679), inclusive com suas teorias originais e precursoras sobre cálculo diferencial.

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